quinta-feira, 26 de maio de 2016

A extinção do ser humano



Eu disse numa crônica minha que estamos cada vez mais robotizados, menos humanos. A verdade é que até um robô é mais humano do que nós, visto que há alguns modelos de robôs que choram, riem pedem abraços, contam histórias, enfim são quase humanos. E nós somos seres o quê? Somos ou fomos? Somos uma extinção, isto sim, nada que pudesse nos render a meros humanos já não existe mais. Agora, somos qualquer coisa menos, humana.
O engraçado é que se vemos uma cena rara de atitude humana, ficamos impressionados visto que é uma denúncia que a metamorfose coletiva desumanização já se estalou, e nada mais podemos fazer.
Outro dia vi um jovem cedendo lugar a uma senhora, fiquei bobo, queria filmar, agradecê-lo, pois isto é ainda um pequeno vínculo de humano, mas logo desesperei li alguns jornais, a violência é cada vez mais um cenário comum, mais do que aceito por todos nós.
É capaz de até próximos robôs a serem criados serão mais educados, mais pacíficos e afetivos.
Aliás, será que ainda somos seres humanos? Acho que os nossos corações estão estéreis e é raro amar, temos um milhão de motivos para dizer que o ser humano é um ser em extinção. De tanto caçar animais indefesos forma indiscriminada, agora que entrou em extinção somos nós. No entanto vivo o oxigênio de atitudes raras como aquela que vi outro dia: - Uma filha viu a mãe preste a se molhar na chuva, a deu passagem para ônibus e a sobrinha pra que esta seguisse para o ponto de ônibus, e encarou a íngreme ladeira, debaixo de forte chuva. Isto é raro.
     Não sou cético, sou apenas um observador, o ser humano é o animal mais estranho que existe, e às vezes comete algumas raridades como amar.

"O que faremos? Eu só observo, coleciono as raridades de atitudes humanas. Quem sabe um dia, cheio desses atos, possa juntá-los e formar um ser humano."


Dizem que não há escolas para formar seres homo sapiens em seres humanos diante da crise da educação mundial que modifique o coração humano. A desconfiança é a grade que nos prende e a violência é a nossa cúmplice.
Diante disso, devemos criar cada vez mais robôs, eles estão evoluídos, e se tornando muito semelhantes a nós. Mas cuidado o gene humano é algo que pode ser perdido, caso não seja evoluído.

O que faremos? Eu só observo, coleciono as raridades de atitudes humanas. Quem sabe um dia, cheio desses atos, possa juntá-los e formar um ser humano.

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