quinta-feira, 26 de maio de 2016

Quem pode ver vejas


 


“Não amamos alguém por este (a) ser o mais belo (a) ou mais culto (a) do mundo amamos para aprendermos a amar nós mesmos, e claro que antes devemos ter um pouco de sentimento conosco, entretanto o outro (a) me mostra a sentir que não somos uma ilha, não somos uma fração insignificante do universo, somos um ser humano único, com a chance inesgotável de aprender a amar.”


Temos a lucidez para fantasiarmos, temos a paz para matarmos, temos o amor para nos salvar, nada e nenhum compêndio sobre o amor será tão esclarecedor quanto senti-lo.
Amamos para sermos lúcidos e ao sermos lúcidos optamos, ao optarmos somos responsáveis, aos sermos responsáveis somos livres. O amor é o início e término de tudo, e não é uma opinião específica ou uma idéia argumentativa somente, é uma chance de sermos melhores, de não morremos com uma inutilidade mórbida desses que nada fazemos nada pensamos, nada somos, porque há solução e ela virá para ou de nossas mãos. A paz é anistia do ser humano para ele mesmo, não buscamos a paz ou amor para nós, buscamos ambos para nos sentimos e sermos humanos.
Quem pode ver, vejas é a epigrafe do livro de José Saramago, “Ensaio Sobre a cegueira” um romance sobre nós, humanos, quando nos tiram tudo, menos a capacidade de amar, a esperança, o ser humano visto que ele é o que é mal ou bom, é um ser humano, o núcleo, a célula mãe é senão o amor, a caridade, a generosidade, este romance me ensinou e me fez repensar que se somos lúcidos, somos capazes de mudar.
Não amamos alguém por este (a) ser o mais belo (a) ou mais culto (a) do mundo amamos para aprendermos a amar nós mesmos, e claro que antes devemos ter um pouco de sentimento conosco, entretanto o outro (a) me mostra a sentir que não somos uma ilha, não somos uma fração insignificante do universo, somos um ser humano único, com a chance inesgotável de aprender a amar.

Somos mendigos quando só nos amamos e absolutamente narcisistas, a morte de si mesmo. Mas como disse o maior poeta português, Luis de Camões no seu Lusíada:- Mas como causar pode seu favor/Nos corações humanos amizade/ Se tão contrário a si é o mesmo amor?

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