quinta-feira, 26 de maio de 2016

Sejamos um filtro e não uma esponja!




As pessoas tendem a  filtrar aquilo que mais lhe interessa porém, diante de algo horrível esquecem de usar essa maravilhosa habilidade de filtrar aquilo que não colocamos a primeira vista no pacote do humano, como um atentado ou um estrupo...

Bem essa nossa capacidade pode com certeza nos salvar e alem de nos tornar mais humanos.

Muita paz e amor a todos!

Quem pode ver vejas


 


“Não amamos alguém por este (a) ser o mais belo (a) ou mais culto (a) do mundo amamos para aprendermos a amar nós mesmos, e claro que antes devemos ter um pouco de sentimento conosco, entretanto o outro (a) me mostra a sentir que não somos uma ilha, não somos uma fração insignificante do universo, somos um ser humano único, com a chance inesgotável de aprender a amar.”


Temos a lucidez para fantasiarmos, temos a paz para matarmos, temos o amor para nos salvar, nada e nenhum compêndio sobre o amor será tão esclarecedor quanto senti-lo.
Amamos para sermos lúcidos e ao sermos lúcidos optamos, ao optarmos somos responsáveis, aos sermos responsáveis somos livres. O amor é o início e término de tudo, e não é uma opinião específica ou uma idéia argumentativa somente, é uma chance de sermos melhores, de não morremos com uma inutilidade mórbida desses que nada fazemos nada pensamos, nada somos, porque há solução e ela virá para ou de nossas mãos. A paz é anistia do ser humano para ele mesmo, não buscamos a paz ou amor para nós, buscamos ambos para nos sentimos e sermos humanos.
Quem pode ver, vejas é a epigrafe do livro de José Saramago, “Ensaio Sobre a cegueira” um romance sobre nós, humanos, quando nos tiram tudo, menos a capacidade de amar, a esperança, o ser humano visto que ele é o que é mal ou bom, é um ser humano, o núcleo, a célula mãe é senão o amor, a caridade, a generosidade, este romance me ensinou e me fez repensar que se somos lúcidos, somos capazes de mudar.
Não amamos alguém por este (a) ser o mais belo (a) ou mais culto (a) do mundo amamos para aprendermos a amar nós mesmos, e claro que antes devemos ter um pouco de sentimento conosco, entretanto o outro (a) me mostra a sentir que não somos uma ilha, não somos uma fração insignificante do universo, somos um ser humano único, com a chance inesgotável de aprender a amar.

Somos mendigos quando só nos amamos e absolutamente narcisistas, a morte de si mesmo. Mas como disse o maior poeta português, Luis de Camões no seu Lusíada:- Mas como causar pode seu favor/Nos corações humanos amizade/ Se tão contrário a si é o mesmo amor?

Nem tudo o dinheiro pode comprar




            Com uma população de mais de trinta por cento na classe C, o Brasil é um sinal de que nem tudo o dinheiro compra, até por que com tantos políticos corruptos e com uma dança interminável de ministros, nem tudo o dinheiro compra, contudo o Brasil está para muitos, um vendedor de “se diz tudo” e “nada se faz”.
            A princípio a maioria de nós faz o que é mais rentável e que se afunda a competência, mas como ser incompetente e satisfeito naquilo que se faz? Por isso, há médicos que esquecem, ou deixam de propósito tesouras, bisturis e outras ferramentas nos estômagos de pacientes, que os pobres coitados não sabiam que iriam ter o privilégio de armazenar em si, gratuitamente, ferramentas médicas, sem falar que quando o desejo de ganhar dinheiro de maneira gananciosa leva a termos atendimento péssimos, péssimos profissionais, enfim é como se fossemos apenas um mero número, um meio pelo qual, eles utilizam para ganhar mais e mais dinheiro.
            As pessoas têm que entender que ganhar dinheiro é resultado, eu nunca vi um profissional incompetente bem sucedido, se ensina a ter dinheiro, mas não a ganhar dinheiro.
            Em primeiro lugar, desde criança somos influenciados a fazer cursos superiores aos quais são rotulados como sendo fundamentais para o progresso ativo da sociedade, como advocacia, engenharia, dentista nem falo dos professores, ou filósofos, historiadores, em especial os professores, tem em algumas escolas que comprar giz e apagador do próprio bolso, para não decepcionarem, com uma possível ausência de equipamentos básicos.
            Em segundo lugar não escolhemos profissões por elas serem melhores, porém visto que elas podem esconder o nosso enorme medo de fracassar. E antes que sejamos hipócritas e medíocres, daqueles que acham que a vida só foi feita para ganhar dinheiro, comente o maior de todos os erros:- vende a alma e não compra a incomparável felicidade.
            

O que é a vida?

        

Para alguns a vida é um imenso a vir a “ser”. Nem sempre possuímos ferramentas convidativas a esta atentadora interrogação mais do que indagativa, ela é um sumário da vida. Acontece que a sociedade atual tornou- se um lixo erudito, no qual o conhecimento não é um mecanismo espontâneo de elo da criatividade e admiração.
O que é a vida? Se nem sabemos ao certo de onde vivemos e tampouco de onde veio a vida, saberemos responder a esta pergunta? O s cientistas são maciçamente crentes na criação do universo através do “Big Bang”. Mas o que é a vida, não se explica de onde veio a vida, pois esta pergunta é tão subjetiva que foge ao impulso de primeira resposta.
            A vida não é exata e tampouco justa e menos ainda um efeito do destino e somado a isso me veio um pensamento do maior cientista do século XX, Albert Einstein: - Os nossos destinos estão acima de nossos méritos. E merecê-los plantar é cultivar atitudes positivas.
            A nosso destino não está escrito, tampouco medido e acabado e quem acredita nisso está fadado a sofrer por sofrimentos imaginários e infinitos porque esta crença adoece o pensamento, se nosso destino está já concluído o resta nos fazer?
            O que é a vida? Não somos capazes de responder esta pergunta porque a nossa sociedade inibiu as nossas reflexões no consumismo robótico e em conhecimento alienante, e somado a isso as superstições e mitos cultivados pela nossa sociedade a torna uma bolha de preguiça do pensar. O que é a vida? Não é uma pergunta para ser digerida e cuspida sem quaisquer reflexões. A religião é uns dos entraves para esta pergunta, sobretudo a Crista que tudo é pecado, pensar no pecado é pecado, viver é pecado, e quando ainda somos meros embriões, então para a maioria das religiões a vida é pecado. E se quisermos entender a vida temos que entender o que move a vida, e isso é individual, como disse Drummond, o maior poeta brasileiro do período moderno: - Amar se aprende amando, e a vida só se aprende vivendo. O que é a vida? Importa?

 Não para os filósofos e poetas fazem desta pergunta uma ponte para outras, e acabam sem respondê-la.

Envelhecimento


          

A palavra do momento é a “urgente” e como ela tem sido usada. Tudo é urgente e tem que ser feito em tempo recorde.
            Mas ao contrário disso envelhecer é saber entender que nada é tão urgente quanto viver a vida, sem expectativa frustrante dos jovens ansiosos. Esta expectativa é a “epidemia do século”.
            Como tudo é rápido pensamos e agimos conforme as respectivas e instantâneas respostas as nossas dúvidas cotidianas, acontece que obviamente a vida tem outro ritmo e podemos possivelmente nos decepcionar se fomos radicais quanto a não resposta imediata de nossas dúvidas e solicitações quanto a vida, por que a vida tem um tempo que não transcorre da mesma medida convencional, e só o envelhecimento nos ensina a perceber esta grandeza. E, no entanto temos medo de envelhecer por acharmos que envelhecer é se tornar doente, esquecemos, porém que envelhecer não é adoecer se e muitos de nós estamos velhos sendo jovens, com alma entupida de arrogância e amargura, está é a pior velhice.
            Envelhecer é tornar mais sábio, mais calmo, menos ansioso, menos afobado e mais equilibrado. É óbvio que temos que ter mais cuidado quando chegamos a cima dos quarenta anos, contudo de forma alguma isto representa uma fragilidade.  E é por isso que devemos respeitar os mais velhos, provavelmente porque eles já passaram pelas mesmas coisas que nós já passamos.
            Então envelhecer é se tornar amigo do tempo da vida, que logicamente não obedece ao tempo cronológico. Estamos na era dos segundos, um e-mail é enviado em poucos segundos, novas tecnologias são feitas tão rápidos quantos outras caiem em arcadismo. Até a língua hoje transcorre numa dinâmica nunca vista.
            A grande essência do envelhecimento é não nos tornamos ranzinzas, impacientes ou pior acharmos que mais nada aprenderemos por termos uma erudição admirável. Envelhecer não nos dá o poder de deuses. O cuidado é não nos tornamos velhos, que é a perda da capacidade de sonhar, de ter sonhos e esperança, por que envelhecer é se manter intacto quantos aos intempéries da vida, sem contudo perder a capacidade de superação e fé na vida.

Por que existe a violência?

 
           
Abrimos os jornais e os torcemos e sai sangue. A violência já não é mais insuportável, ela é uma “peste negra” um câncer que talvez não tenha cura, no entanto tem prevenção.
Assaltos e mortes eles nos assustam? Mas de tão acostumados que estamos com eles nem nos fazem tremer, exceto quando acontece com os nossos vizinhos e amigos e familiares, aí damos conta de somos refém da guerra urbana não declarada. Será que temos que violentar amigos, vizinhos e familiares para sacudir o sentido da paz em nossas vidas?
O grande filósofo iluminista francês Rousseau disse que o homem nasce puro e a sociedade o corrompe, será mesmo? Será que é preciso aprendermos com mortes , para que saibamos que a vida não admite tanta violência?


“Não somos educados para paz porque ela é barata demais e muito banal, e a violência vende muito mais, então o ciclo esta concluído entre o começo e aceitação da violência e a acomodação e industrialização dela. A violência esta entre o ser humano e a doença do desejo e principalmente nas veias do nosso sistema capitalista.”

É preciso sacudir o sentido da paz e levarmos a cabo o que Einstein disse: - “A paz é única maneira de nos sentirmos seres humanos”. E levá-la a cabo não nos inspira a dizer que a violência é um mal necessário. Mas a fome, a miséria e a injustiça também sempre existiram e coexistiram e nem por isso são “mal necessário.”
Qual é a necessidade da violência? Talvez não saibamos responder de imediato a esta pergunta, embora convivamos com ela há mais de dois mil anos, mas remetendo ao Rousseau, se o ser humano é bom e a sociedade o corrompe, sem dúvida pode não ser uma verdade, entretanto a violência sempre esteve conosco.

No reino animal, a violência é instintiva uma luta pela sobrevivência e entre os seres humanos a violência é máscara de propina, corrupção, mentira, ganância e covardia. E o pior é constatar que a violência em algum momento de nossas vidas e tão íntima, quanto o ódio e a inveja, e segundo Buda o mal vem da inveja, ganância e cobiça e sem dúvida ao peregrino, criador do budismo estava e esta coerente há mais de dois mil anos. Não somos educados para paz porque ela é barata demais e muito banal, e a violência vende muito mais, então o ciclo esta concluído entre o começo e aceitação da violência e a acomodação e industrialização dela. A violência esta entre o ser humano e a doença do desejo e principalmente nas veias do nosso sistema capitalista.

Qual é o significado da vida?



“Você tem que ser o espelho da mudança que deseja. Se eu quero mudar o mundo tenho que começar por mim.” (Gandhi)

 “Uma vida não refletida não é digna de ser vivida.” (Sócrates)


      Apesar de que poderíamos reverter o raciocínio para compreendermos que a vida não tem em si sentido, com apenas uma pergunta fundamental, que tipo de ser humano almejamos ser?  Diante desta grande e simples pergunta, poderemos refletir sobre quem somos e o que queremos ou poderemos ser.
             Além disso, pensar no sentido da vida, só é possível para aqueles que não se rendem ao mero preconceito e as idéias ingênuas como a do destino, não só é um ato de profundo pensar como uma labuta da qual não pode dissociar do desejo de sermos melhores humanos, se a vida tem um sentido é tão somente este sentido para frente, nada se repete como já dizia Heráclito, “tudo Flui” e assim sendo o próprio significado da vida é histórico. Pois se refletimos como os gregos como Sócrates, Platão Aristóteles se os perguntasse qual é sentido da vida seria uma única resposta: A busca continua pela excelência, sendo como parâmetro uma vida virtuosamente refletida.
             Embora muitos de nós sequer pensamos no sentido da vida, grandes personalidades entre elas Gandhi, Einstein, Madre Teresa  que dedicaram toda suas vidas a um único propósito, isto é, a pratica de um bem, o aperfeiçoamento humano. Dessas personalidades que marcaram o tempo e superaram a si mesmos, dialogaremos com um apenas em paralelo a outros, Mahatma Gandhi que com seu método de não-violência, mostrou a mundo que não precisamos mais de guerras, ele disse: - “O mundo esta farto de tanta violência!”. Qual era o sentido da vida para Gandhi? Lutar por uma causa!

             Gandhi foi coerente consigo mesmo, e buscou com uma coragem incrível unir crença e ação, e diante disso que Albert Einstein disse que:- “Gerações vindouras dificilmente acreditarão que tenha passado pela face da terra, em carne e osso, um homem como Mahatma Gandhi.” De fato Gandhi é uma dessas pessoas que somou e multiplicou transformando quase como milagre a história da humanidade. Gandhi mostrou com exemplos que é possível fazer acontecer, como ele mesmo dizia, “não tenho mensagem, minha mensagem é minha vida.”

             Creiamos que é pela via do significado da vida é, portanto o sentido que associamos a ela que o ser humano se reintegra com sua espiritualidade, com seu caráter, com suas crenças a um significado que seja maior do que nós mesmos.Tentando buscar coerência para conscientização encarando sem medo os nossos preconceitos e vícios aliando crença e ação no bloco quase indivisível, como as grandes personalidades fizeram e fariam se estivessem vivos, eles eram coerentes e conscientes e argumentaram com palavras sustentadas em idéias que moveram o mundo, eles não ambicionavam dinheiro, riqueza ou fama, eles lutaram e alguns como Gandhi morreram em nome de uma causa, e fizeram de cada momento de suas vidas uma canção de fé e doação ao outro, eles queriam mudar o mundo! Sem abrir mão de seus ideais e valores, tornando a vida em si, um significado digno ser espelhada.

        Embora a vida não deva somente ser buscada deve ser também sonhada, assim sendo acreditamos que o que importa mesmo é direcionar a vida para um significado, e nisso há um sentido, o sentido de sentir se vivo, independente de quanto viveremos!

A extinção do ser humano



Eu disse numa crônica minha que estamos cada vez mais robotizados, menos humanos. A verdade é que até um robô é mais humano do que nós, visto que há alguns modelos de robôs que choram, riem pedem abraços, contam histórias, enfim são quase humanos. E nós somos seres o quê? Somos ou fomos? Somos uma extinção, isto sim, nada que pudesse nos render a meros humanos já não existe mais. Agora, somos qualquer coisa menos, humana.
O engraçado é que se vemos uma cena rara de atitude humana, ficamos impressionados visto que é uma denúncia que a metamorfose coletiva desumanização já se estalou, e nada mais podemos fazer.
Outro dia vi um jovem cedendo lugar a uma senhora, fiquei bobo, queria filmar, agradecê-lo, pois isto é ainda um pequeno vínculo de humano, mas logo desesperei li alguns jornais, a violência é cada vez mais um cenário comum, mais do que aceito por todos nós.
É capaz de até próximos robôs a serem criados serão mais educados, mais pacíficos e afetivos.
Aliás, será que ainda somos seres humanos? Acho que os nossos corações estão estéreis e é raro amar, temos um milhão de motivos para dizer que o ser humano é um ser em extinção. De tanto caçar animais indefesos forma indiscriminada, agora que entrou em extinção somos nós. No entanto vivo o oxigênio de atitudes raras como aquela que vi outro dia: - Uma filha viu a mãe preste a se molhar na chuva, a deu passagem para ônibus e a sobrinha pra que esta seguisse para o ponto de ônibus, e encarou a íngreme ladeira, debaixo de forte chuva. Isto é raro.
     Não sou cético, sou apenas um observador, o ser humano é o animal mais estranho que existe, e às vezes comete algumas raridades como amar.

"O que faremos? Eu só observo, coleciono as raridades de atitudes humanas. Quem sabe um dia, cheio desses atos, possa juntá-los e formar um ser humano."


Dizem que não há escolas para formar seres homo sapiens em seres humanos diante da crise da educação mundial que modifique o coração humano. A desconfiança é a grade que nos prende e a violência é a nossa cúmplice.
Diante disso, devemos criar cada vez mais robôs, eles estão evoluídos, e se tornando muito semelhantes a nós. Mas cuidado o gene humano é algo que pode ser perdido, caso não seja evoluído.

O que faremos? Eu só observo, coleciono as raridades de atitudes humanas. Quem sabe um dia, cheio desses atos, possa juntá-los e formar um ser humano.